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Capítulo 30

  • Lizzy Buzz
  • 14 de dez. de 2016
  • 7 min de leitura

bonus - melhor assim...

Liam

Olhar Mia dormindo em minha cama me faz sentir repulsa do que eu tenho sido. Tento afastar qualquer tipo de consideração ou qualquer outro sentimento que eu possa ter por ela, mas simplesmente não dá. Saber que provavelmente amanhã vou magoa-la só para que fique longe me faz pega-la nos braços e a deitar no seu quarto. Não quero o seu cheiro em meu travesseiro, não quero seu cheiro em meu lençol e, principalmente, não seu cheiro em meu corpo.

Tomo um banho e decido descarregar toda a adrenalina que sinto no exercício de box. Pego minhas luvas, boto meu short preto próprio para isso e coloco meu boné o virando para atrás. Desço as escadas e rapidamente estou na minha academia. Começo a bater no saco tirando todo o estresse do meu corpo, bato com raiva por me deixar envolver com alguém, bato por não ser homem o suficiente para faze-la sorrir e bato por quere-la só pra mim.

Suor sai por todos os poros do meu corpo e me lembro dos dias que ia lutar. A luta foi uma espécie de libertação para todas as coisas ruins que aconteceram na minha vida. Minha avó odiava quando fazia isso, mas de certo modo eu voltava renovado e pronto para enfrentar todo que existia pela frente.

Escuto um barulho e rapidamente me viro para vê-la. Mia está só com o lençol cobrindo o corpo, possui os cabelos bagunçados e a cara um pouco inchada por causa do sono. Caminho lentamente para junto dela e ficamos parados nos olhando. Ela passa o olhar por todo o meu corpo e me sinto realizado por saber que provoco algum tipo de desejo nela.

-O que faz aqui? — pergunto sem ser rude, apenas por curiosidade mesmo.

-Acordei no meu quarto e percebi que eram 3 da manhã... achei que estava muito cedo para você se livrar de mim — ela dá um sorrisinho de lado encolhendo os ombros — ai fui te procurar e não achei.

-Porque você foi me procurar? — ela estava linda ficando vermelha por causa da minha pergunta.

-Não sei — deu de ombros — eu só fiz. Acho que foi meio mecânico — fala olhando para um ponto fixo atrás de mim — gosto de vê-lo de boné — ela sorri me olhando.

-Mesmo? — me aproximo e a sinto prender a respiração — o que mais gosta em mim?

-Eu... — ela abaixa o olhar — só isso mesmo — me olha novamente e levanto a sobrancelha lhe desafiando — não acho que possui muitas qualidades.

-Tenho muitas qualidades — sorriu de lado e, novamente, ela fica vermelha — quer que eu te mostre?

-A.. acho — ela anda para atrás — que vou voltar a dormir.

-Fugindo? Essa é nova — volto para onde estava e começo a dar chutes no saco de pancadas.

Mia fica parada me olhando, não a vejo, mas sei que seus olhos acompanham cada momento que faço. Me viro e ela se assusta ao ser pega no flagra.

-Não vai dormir? — pergunto dando mais um chute.

-Vou.. — ela quer algo coisa — posso te perguntar algo?

Eu sabia que mais cedo ou mais tarde isso aconteceria. Todas as vezes que me abro um pouco mais eu sei que ela fica pensando e tentando entender melhor meu jeito. Desisto de continuar com meu treino e a pego pela mão andando em direção a casa. Subimos e caminhamos em direção ao seu quarto.

-Pode perguntar — me sento na sua cama e a vejo parada com cara de nojo pra mim — o que foi?

-Essa conversa pode ser no seu quarto? — ela pergunta coçando a cabeça.

-Por que?

-Você está suado sentado na minha cama... — ela faz cara de novo - acho isso nojento.

-Nojento? — me levanto e caminho em direção a minha presa.

Mia anda para trás até bater na parede, ela segura o lençol com força e sua carinha assustada me faz querer rir. Fico próximo ao seu corpo, mas sem toca-lo.

-Você sente nojo de mim? - coloco minhas mãos em cada lado do seu corpo a cercando — só vai sair daqui quando lamber aqui — passo a mão no meu pescoço.

-Eca — ela balança a cabeça — não vou fazer isso.

Me aproximo mais encostando minha ereção sem sua barriga. Mia arregala os olhos e olha pra abaixo admirada por eu já estar assim. Riu baixinho e passo uma mão em seu rosto, ela fecha os olhos e gemi quando passo meu polegar por seus lábios. Vê-la tão rendida a mim faz meu pau inchar mais ainda; ela não está me provocando e nem está nua, está apenas sentindo o meu toque e fazendo com que meu corpo todo reaja ao seu.

-Mia... — falo com a voz embargada pelo desejo, eu a tive há poucas horas mas quero tê-la de novo, quero tê-la sempre... não posso, me afasto.

Ela abre os olhos e parece confusa. Ando em direção a porta e ouço sua respiração de insatisfação. Não é incomum ouvir esse tipo de reação, as mulheres que passaram na minha vida sempre ficam insatisfeitas quando não dou o que precisam. Desço em direção a cozinha e começo a preparar um sanduíche.

-Achei que tinha ido dormir — ela fala e me assusto com sua voz.

-Eu achei que você tivesse ido dormir — falo sem desviar meu olhar do que estou fazendo.

-Eu disse que queria te perguntar uma coisa... — sentou no banco da bancada da cozinha — você ainda não me deixou falar.

Levantei meu olhar e percebi que não poderia fugir daquilo. Faze-la esquecer por meio da minha pressão sexual estava mais difícil do que imaginei, enquanto eu me engava que só queria distraí-la, meu corpo me avisava que só queria o dela e de mais ninguém.

-Diga.. — falei por fim ficando parado a sua frente no outro lado da bancada.

-Eu.. — ela desviou o olhar — queria saber porque me deixou dormir no seu quarto.

Pronto, eu não tinha sido surpreendido em nada, era exatamente aquilo que eu achava que ela iria perguntar. Deveria ter pensando em alguma coisa enquanto estava sozinho e com tempo para fazer aquilo. Agora era tarde.

-Sinceramente? Eu não sei — falei porque era realmente verdade.

-Hm — ela desviou novamente o olhar e percebi seu desapontamento — pode fazer um pra mim? — ela perguntou apontando para o sanduíche.

-Você quer que eu faça pra você? — a olhei espantado — você não acha muita ousadia me pedir isso?

-Não pode fazer isso? — ela balança a cabeça — pensando bem deve estar horrível, você não tem cara que sabe fazer algo bom pra comer.

Puxo o prato pra perto e contorno o balcão ficando próximo a ela. Mia estava apenas de sutiã e com uma calcinha que parecia uma cueca, olho em desapontamento e aponto para sua peça íntima.

-É isso com que dorme? — ela olha e sorri.

-É confortável — solta um risinho de lado — não é tão feio.

-É broxante — eu digo — ainda quer que eu faça um sanduíche pra você — reviro os olhos.

-Já não quero mais — ela me olha e depois pega o sanduiche do prato e morde um pedaço — atum?

Mia corre para o lixo e cospe o que estava na boca. Fico parado sem acreditar que ela pegou um pedaço do meu sanduíche - que tive tanto trabalho em fazer - e ainda foi jogar o pedaço fora.

-Você não fez isso — eu digo estreitando os meus olhos

-Eu odeio atum — ela sorri e vai até a geladeira.

A sua calcinha tem uma Minnie desenhada atrás que me faz ri. Meu pau ganha vida novamente e o olho incrédulo sem acreditar que despertou com o que está vendo, ele só pode estar louco. Mia pega várias coisas dentro da geladeira deixando tudo em cima da bancada e faz um sanduiche para si. Fico parado olhando cada gesto seu, cada vez que bota o cabelo atrás da orelha e cada sorrisinho de lado que dá.

-Se ficar me olhando assim vou me desconcentrar — olho rapidamente para o outro lado sentindo vergonha por ter sido apanhado de surpresa.

-Não exagere, estava apenas debochando da sua calcinha da Minnie — ela olha pra mim e rapidamente encara o meio das minhas pernas, o sorriso surge em seus lábios e eu sei que vem uma resposta malcriada.

-Será que seu pau também está debochando? Ele parece querer se enterrar em minha calcinha — ela ri e abro a boca sem acreditar no que tinha falado.

-Você não disse isso... — eu a provoco mordendo um pedaço do meu sanduíche e rapidamente faço uma careta por estar ruim.

-Viu? Eu disse que você não consegue fazer nada bem feito — ela aponta pro sanduíche — nem um simples sanduíche — revira os olhos.

Me aproximo de Mia e a vejo fechar e abrir a boca algumas vezes. Passo a mão ajeitando meu pau que já está louco para sair e ela avalia minunciosamente cada movimento meu. Puxo seu banco e fico no meio de suas pernas sentindo sua respiração ficar acelerada. Olho para todo seu corpo e sorriu ao perceber a umidade em suas pernas.

-Eu sei fazer nada bem feito? — pressiono minha ereção nela — tem certeza? Porque eu posso facilmente te provar o contrário.

-Eu.. — ela gagueja tentando se afastar mas a detenho — estou falando em relação a comida.

-Hum - pego seu sanduíche e mordo - você é minha comida. Meu pau está doido para comer essa sua bundinha linda.

-Quem disse que eu quero? - ela levanta a sobrancelha como se estivesse falando alguma verdade.

-Isso daqui - passo a mão por cima de sua calcinha e a vejo morder o lábio - tão molhadinha..baby.

Me aproximo de seu corpo e vejo Mia fechar os olhos para me beijar.Me afasto e a deixo ofegante. Meu corpo arrepia e a sensação de repulsa volta com força total. Como eu posso quere-la perto e longe ao mesmo tempo? Desvio meu olhar do seu e saiu da cozinha. Sinto pela segunda vez sua respiração de descontentamento. É melhor assim... penso.

————————————————-

Liam nunca sai de cima do muro.. mas Mia não vai ficar sendo paciente pra sempre não, não vai mesmo! hehe


 
 
 

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