CAPÍTULO 25
- hendrica fernandes
- 28 de nov. de 2016
- 9 min de leitura

O terceiro dia da viagem amanheceu nublado e agradeci imensamente à Deus por ter me dado esse pequeno luxo. Eu precisava ir atrás de Mat, mas seria difícil se o sol tivesse muito forte.
10:00 Mia: "Mat, eu nem sei o que te falar. Eu estou tão envergonhada por tudo que aconteceu que nem tenho coragem de olhar na tua cara. Eu SINCERAMENTE não sei o que deu em Liam e não esperava que a noite acabasse assim. Gosto muito de você e espero, sinceramente, que você ainda queira me ver"
O destino era tão irônico, ontem eu estava chateada com ele, mas agora já era ao contrário. Fiz minha higiene pessoal e encontrei Liam deitado nu no sofá com uma menina ao seu lado. O fato dele estar com uma outra mulher já me magoava muito, mas o principal foi o ato deles estarem dormindo juntos de conchinha no pequeno sofá. Me virei e fui chorar no banheiro. Eu não sabia o tipo de sentimento que sentia por ele, mas sabia que aquela cena não estava me fazendo nada bem.
Sai de fininho do bangalô e fui em direção a algum canto que me fizesse esquecer os últimos dias e, principalmente, a última cena.
11:30 Mateus: "você aceitou conversar comigo da outra vez, eu acho justo fazer o mesmo com você. Sabe onde me encontrar."
A mensagem fria de Mat fez meu coração gelar e perceber que ontem eu deveria ter ido ao seu encontro e não ter ficado com aquele ogro chamado Liam Scott. Entrei no hotel e fui em direção ao seu quarto.
-Mia - algum dos amigos dele falou abrindo a porta - pode entrar.
-Obrigada - entrei um pouco envergonhada pois tinha certeza que seu amigo estava a me odiar.
Encontrei Mat sem blusa sentado na cadeira do quarto com um o roxo e um curativo no maxilar. Parei onde estava pela expressão gélida que ele me deu.
-Mat.. - me aproximei dele ficando de joelhos e segurando sua mão - eu..eu não sei nem por onde começar.
-Comecei pedindo desculpas - falou frio me fazendo engolir em seco.
-Eu.. me desculpa. Eu juro que eu pensava que ele tinha ido embora, você sabe.. eu nunca o chamaria para causar algum confusão.
-Mia.. - Ele se levantou - o fato foi você ter ficado lá com ele - parou na minha frente que ainda estava de joelhos - eu fui lá por ti e você não se deu nem ao trabalho de saber como iria ficar meu estado. Porra.
Me assustei com a sua última frase e percebi que realmente tinha pisado na bola. Lágrimas vinheram me fazer companhia, mas não deixei que se prolongassem... eu tinha que enfrentar isso de frente.
-Mat - o sentei na cama e fiquei ao seu lado - eu entendo perfeitamente e sei que errei. Me desculpe, por favor. Na hora eu fiquei sem reação, eu juro. Por favor...
Ele ficou me olhando por um bom tempo fazendo com que minha barriga se revirasse de nervosismo.
-Tudo bem, eu realmente não consigo ficar com raiva de você - ele me puxou mais para si me abraçando.
Inspirei seu perfume que até então não tinha parado pra notar e me senti, de alguma forma, amada. Não amada como amor em si, mas em relação a alguém sentir algum carinho por mim.
-Obrigada - disse ainda em seus braços.
-Pelo o que? - Ele se afastou.
-Por me perdoar e me fazer sentir tão especial ao seu lado - ele puxou minha nuca selando nossos lábios.
Sua mão passou carinhosamente pelo meu braço o fazendo arder. Eu queria que ele parasse, mas não me achava no direito de destruir um momento tão bom que veio logo após um ruim. Selamos nossos lábios e nos afastamos. O clima ficou um pouco desconfortável me fazendo estralar os dedos.
-O que foi, princesa? - Ele perguntou.
-Não sei.. a gente nunca tinha passado por um momento assim.. - Fiz um gesto com o dedo em círculo - um clima tenso.
-Sabe, eu estava me perguntando porque ainda está com ele.
-Mat - por favor, isso não - não quero falar sobre isso - ele me olhou sério - hoje não, por favor.
-Um dia? - Sorriu
-Um dia. - sorri de volta e voltamos a nos beijar.
Depois de ficarmos bastante tempo no quarto nos agarrando da forma que dava - por causa do meu corpo - saímos em direção a um bom restaurante para almoçar. Encontramos seus amigos e nenhum comentou nada sobre o assunto da noite passada. Depois andamos a procura de algo legal para fazer e acabamos entrando e saindo de várias lojas de conveniência.
-Você tem certeza que a minha avó vai gostar desses panos de prato? - Ele perguntou enquanto analisava uma peça na mão.
-Qual vó que não gosta de pano de prato? Toda vó gosta... vai por mim - falei confiante.
-Ta certo - nos beijamos e saímos com os mimos que ele levaria para a família.
Mat me contou um pouco sobre a vida dele e acabei contando um pouco sobre a minha, só as partes que davam. Quando me dei conta já eram 4 da tarde eu precisava ir ao meu quarto passar hidratante. Mat insistiu para eu não voltar e disse que ele mesmo iria passar.
-Vem - falou me chamando para que eu deitasse na cama. -Você é linda - passou a mão delicadamente pelo meu corpo me fazendo arrepiar.
-Se continuar assim não vai passar nunca o hidratante - mordi o lábio.
-Eu realmente queria fazer outra coisa do que passar isso - falou depositando um pouco na mão e passando de forma leve na minha barriga.
Minha respiração começou a ficar irregular e fechei os olhos tendo fleches do dia maravilhoso ao seu lado e me permiti sorrir.
-O que foi? - Sua voz me fez sair do transe.
-O que?
-Estava sorrindo... - falou rindo pra mim.
-Estava lembrando do dia maravilhoso que a gente teve - fiquei olhando para seus olhos que não conseguiam se desviar do meu.
Ele parou com que estava fazendo e me puxou para sentar junto de si.
-Mia - mexeu no meu cabelo - eu quero muito você. Eu faria tudo de novo - falou mencionando o acontecimento de ontem.
-Eu faria de novo com novas atitudes - mordi meus lábios sentido seus dedos passarem pelo meu rosto.
-Tão linda - falou selando nossos lábios.
Aquilo que eu sentia pelo Mat era algo tão bom, tão verdadeiro... tão puro. A gente se entendia e se encaixava com perfeição. Seus gestos eram sempre pensando em mim e isso me fazia sentir a pessoa mais desejada do mundo.
-Mat - separei um pouco nossos lábios - me faz um favor?
-Todos.
-Liga para os seus amigos dizendo para não lhe incomodarem, tranca a porta e enche a banheira.
-Tem certeza disso? - Falou me dando selinhos.
-Absoluta.
Mat se levantou e fez exatamente tudo que eu pedi. Eu precisava me entregar aquele homem, eu precisava sentir sua urgência no meu corpo.. eu precisava ser dele.
Me levantei indo em direção ao banheiro e ele parou atrás de mim afastando meu cabelo e beijando meu pescoço.
-Eu só queria que seu corpo não estivesse assim...
-Eu queria tudo do jeito que está, só importa eu você e o nosso... - droga - nossa química.
Ele riu no meu pescoço levantando minha saída de banho com cuidado.
-Doendo? - Sim, estava.
-Não - Falei mordendo o lábio com a dor.
Tirou meu biquíni com delicadeza e veio para a minha frente analisando todo meu corpo. Por instinto acabei me cobrindo com os braços.
-Negativo... você é linda, eu quero te ver. - ele tirou meus braços e começou a traçar beijos pelos meus ombros, meu pescoço e depois na minha boca.
Seu toque é totalmente freado e sei que está se segurando bastante para não me machucar. Meu corpo arde, mas o prazer está além de qualquer outra sensação. Minha língua quente dança eroticamente com a sua me fazendo segurar seus cabelos o puxando com força.
-Vai com calma, princesa - ele falou rindo da minha urgência.
-Não dá, eu tenho medo de qualquer coisa atrapalhar esse momento.
-Shi - botou o dedo na minha boca - nada vai atrapalhar.
Me afastei e fiz o mesmo que ele tinha feito comigo. Tirei toda sua roupa e fiquei observando aquele corpo que, aos meus olhos, era esplendido.
Mat foi até a banheira sentando e me fazendo sentar de costas pra ele. Fiquei um pouco deitada em seu colo, mas logo afastei pela dor que estava sentindo.
-Está muito ruim? - Ele sempre se preocupava comigo.
-De forma alguma - me levantei e fiquei sentada de frente pra ele com uma perna de cada lado.
Senti o momento de tensão pairar sobre o banheiro e timidamente toquei em sua ereção. Mat fechou os olhos e isso me fez querer continuar. Fiz movimentos de sobe e desce de maneira calma por todo o seu membro fazendo com que ele se contorcesse embaixo de mim.
-Isso é tortura - ele estava com os olhos fechados e a cabeça pendendo para trás. - Agora é minha vez - ele tentou afastar minha mão, mas o impedi.
-Negativo, eu quero retribuir tudo de bom que você está fazendo comigo. Aproveite - Mat mordeu a parte interna da bochecha e fez um 'ah' quando aceleirei o movimento. Não demorou muito e ele gozou em minha mão.
Ficamos nos olhando e ele me puxou de volta colando seus lábios no meu. Dessa vez, eu sentia a urgência nos seus movimentos e rapidamente ele estava excitado de novo.
Sempre olhando pra mim - como se estivesse a procura de algum sinal que eu não quisesse aquilo - ele me puxou de forma delicada me fazendo deslizar sobre seu membro. Fechei meus olhos aproveitando toda a sensação que meu corpo estava sentido e fiquei parada afim de me acostumar com seu tamanho.
-Posso? - Ele perguntou me fazendo balançar positivamente e morder os lábios.
Ele botou as mãos em minha cintura - que me fez sentir um pouco de dor - e começou a movimentar meu corpo de baixo pra cima. Eu comecei a fazer meus próprios movimentos e ele apenas me dava base com suas mãos. O meu orgasmo não demorou muito a chegar e ele pediu para mudar de posição. Fiquei ainda sentada só que de costas e ele começou a mexer no meu clitóris e puxar o bico dos meus seios. Gozamos juntos e decidimos sair da banheira.
-Foi incrível - ele estava deitado na cama enquanto eu estava sentada na cadeira.
-Foi sim - falei sorrindo por ter conseguido fazer o que tanto queria.
-Estou te devendo um orgasmo - falou se levantando e me fitando.
-Eu vou cobrar - fiquei pensando na nossa próxima vez.
Ficamos no quarto por bastante tempo e me assustei ao perceber que eram oito horas da noite. Me despedi rapidamente de Mat e fui em direção ao bangalô.
Passei o dia sem avisar nada para o Liam e meu celular tinha ficado no quarto, droga. Minha felicidade estava tão grande que não ligava para nada que pudesse acontecer, eu faria tudo de novo se pudesse.
-Droga - ouvi um barulho de vidro se quebrando e entrei rapidamente no quarto depois de seu xingamento.
-O que foi? - Ele virou pra mim e arregalou os olhos
-Olha quem decidiu aparecer - falou com um sorriso cínico.
-O que aconteceu aqui? - Apontei para o chão sujo de vidro.
-A caixa do meu relógio caiu - deu de ombros e voltou a se olhar no espelho.
Me sentei na cama e percebi que ele estava todo cheiroso e muito bem vestido. Aquela antiga sensação de desconforto passou pela minha barriga, mas logo lembrei dos momentos de mais cedo e ela foi embora.
-Estou bem? - Perguntou dando uma volta.
-De aparência ou de roupa? - Levantei uma sobrancelha.
-Minha aparência é impecável... a roupa - falou revirando os olhos.
-Sua roupa está impecável, mas agora... - falei negando com a cabeça - sua aparecia é de alguém que engordou alguns quilos na viagem.
Liam arregalou os olhos e foi pra frente do espelho. Ele levantou a blusa e ficou observando sua barriga trincada e perfeita.
-Você só pode ser cega - ele se virou pra mim - está vendo gordura aqui?
Ri e fui ficar em pé na sua frente. Mexi minha cabeça olhando todo seu corpo e um arrepio passou pelo meu. Droga, mas o que era isso?
-É.. - Falei dando de ombros e voltando para a cama.
Liam segurou meu braço me fazendo virar para encara-lo.
-Onde esteve o dia todo? - Perguntou mudando seu humor.
-Por ai.. - Dando. EU ESTAVA DANDO.
-Por ai.. Legal. Próxima vez tranco a merda desse quarto pra você não entrar.
-Está irritado por que? Você teve mais privacidade para dormir agarradinho com a sua gata - rapidamente me dei conta do tom de ironia que usei e me amaldiçoei por isso.
-Você reparou foi? -Levantou a sobrancelha e sorriu.
-Você estava no sofá.. Eu não sou cega. - Revirei meus olhos
-E você queria estar no lugar dela, hein? - Se aproximou de mim fazendo minha respiração ficar ofegante.
-Não.. não queria. - Sai de seus braços e deitei na cama.
Liam deitou sobre mim e começou a me cheirar fazendo cócegas pelo meu corpo.
-Pare com isso - tentei empurra-lo.
-Sabe que cheiro sinto? - Ele perguntou com a boca quase encostada na minha.
-Não - falei ofegante.
-Sinto cheiro de sexo - arregalei meus olhos - será que vou ter que fazer a mesma coisa do dia que chegou com os lábios inchados?
Ele sentou na minha barriga e tirou a blusa sem desviar o seu olhar do meu.
desculpa a demora flores hoje tem outro aguardem
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